Internautas entrevistam Oswaldo Sevá, da Unicamp

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Na quinta-feira, dia 2 de dezembro, o professor Oswaldo Sevá, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, passou mais de uma hora em um bate-papo com internautas e jornalistas no site do Movimento Xingu Vivo para Sempre. Vindos de vários estados do Brasil, como Acre, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os participantes falaram sobre os impactos de Belo Monte, os bastidores do projeto, os interesses por trás das obras e opções de mobilização para impedi-las. Leia abaixo a edição da entrevista feita pelos internautas:

Lia Rangel: Olá professor, em muitas entrevistas o senhor fala que Belo Monte é um projeto equivocado. O senhor pode pontuar os equívocos deste projeto?
Professor Oswaldo Sevá: Lia, o projeto de engenharia é desmesurado, pretensioso: barrar um rio do tamanho do Xingu e desviar um enorme fluxo de agua por cima de terras firmes, e devolver essa água num ponto 150 km abaixo da primeira barragem. A intenção é destrutiva, imperial, do tipo “faco o que quero, não importa quem se ferre”. Equívoco também do ponto de vista econômico: gastar mais de 30 bilhões de reais para instalar vinte maquinas enormes (turbo-geradores) que somente funcionarão todas juntas durante uns dois a três meses.

Lia Rangel: O que está em discussão é um modelo de desenvolvimento. Pretende-se construir uma mega usina hidrelétrica, qual seria a alternativa? Quais os interesses por trás deste projeto já que ele permanece na pauta das prioridades de investimento de infraestrtura por mais de 20 anos?
Professor Oswaldo Sevá: Pra mim, o que merece ser questionado e combatido é o sistema capitalista durante a crise estrutural de super-acumulação – que é o que “exige” encontrar investimentos altamente lucrativos, por exemplo, extrair minerios e fabricar metais em lugares onde o custo é baixo e as autoridades gostam de se entregar aos imperialistas. Para isso, não temos porque oferecer alternativas.

Miguel Oliveira (Santarém): Construção de eclusas não resolveria a questão da navegabilidade do Xingu? Que outras alternativas energéticas o governo teria ao invés de Belo Monte?
Professor Oswaldo Sevá: Prezado Miguel: Eclusas? Temos pouquíssimos casos no país: algumas em escadinha aqui no rio Tietê e que se comunicam com duas outras no Paraná e transportam um tanto de cana para usinas, cimento e algumas outras cargas; fora isso, fazem passeio de barcos com turistas. Em Tucuruí demoraram 30 anos para desencantar e faz sentido, porque o lago sepultou uma antiga ferrovia que fazia a conexão de carga até proximo de Marabá, daí para cima o Tocantins e o Araguaia são navegáveis por longos trechos. O Xingu não é navegável para embarcações de carga. As empresas de eletricidade detestam eclusas porque a cada ciclo de operação “perdem” muita água que poderia ser turbinada. Um abraço.

Mauricio: Quais são os impactos desta construção? Confesso que só acompanhei pelas manchetes…
Professor Oswaldo Sevá: Para Mauricio: Os impactos oficialmente reconhecidos estão descritos em centenas de gigabites de arquivos do Estudo de Impacto Ambiental, sugiro que consultem os sites do Ibama. Muitos desses impactos oficiais estão subavaliados, outros impactos muito prováveis foram menosprezados e a metodologia dos EIA é uma porcaria do ponto de vista científico. Para resumir, são todos os impactos de qualquer hidrelétrica grande, no solo, no subsolo, na vegetação, na atmosfera, na expulsão de moradores, na diversidade biológica, no patrimônio arqueológico e paisagístico… Além dos fatos mencionados (secar 150 km de rio) e além de transformar a cidade de Altamira numa especie de Veneza equatorial pobre, e cercado por seu próprio esgoto… Está bom ou querem mais?

Equipe Xingu Vivo: Para quem quiser ler mais, enquanto o professor está digitando as respostas, deixamos aqui o link do parecer do painel de especialistas sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte: http://migre.me/2EJDH

Lia Rangel: Quais as alternativas de matriz energética viável?
Professor Oswaldo Sevá: Para gastar energia em produtos minerais e metalúrgicos eletro-intensivos sob contratos lesivos ao país, não temos que discutir “alternativas energéticas” nem “matriz energética”. Proponho que o Xingu Vivo convide algum outro colega que seja especialista nisso e ache importante debater com pessoas que não tem o conhecimento basico da Energia em geral.

Cleiton: Quais grupos políticos, econômicos, jurídicos, industriais e construtoras estão pressionando para a construção? Queria saber os nomes… Se não for nenhuma indiscrição, claro.
Professor Oswaldo Sevá: Os grupos são em parte conhecidos: a turma de políticos e burocratas formada pelo ex-presidente Sarney, o senador Lobão, os que dirigem a Eletronorte há decadas, incluindo o irmão do ex-ministro Palocci, o atual prtesidente da Eletrobras José Antonio Muniz Lopes, um dos seus diretores, o Valter Cardeal, homem de confiança da presidente eleita desde os seus tempos de secretária no RS, e uma pleiade de governadores, ex-governadores, senadores, deputados paraenses, maranhenses, do Tocantins e de outros Estados que “representam” as grandes empreiteiras e as grandes negociatas do setor elétrico… Esses são os operadores, mas as decisões mesmo vão sendo tomadas em Tóquio, Frankfurt, New York, Los Angeles, Madrid, Bruxelas, onde ficam as sedes e os cabeças dos grandes conglomerados multinacionais que comandam a atual fase imperialista. Dona Dilma é bem considerada nesse meio, e fez o que pôde para ajudá-los, por exemplo, atendendo de modo particularmente carinhoso o grupo franco-belga Suez-Tractebel, que “comprou” a Eletrosul, é socio importante no Madeira e no estreito e se tornou a maior geradora privada de eletricidade no país. Tem mais, mas por aí já fica de bom tamanho.
Cleiton: Por exemplo, as turbinas seriam fabricadas no país ou importadas? O ferro vem de carajás, o cimento provavelmente da Votorantim, a mão-de-obra do Brasil todo, a falta de infra em Altamira já é conhecida, sem saúde, educação, água, saneamento, moradia etc.
Professor Oswaldo Sevá: Continuando com os “bastidores”: todos os fabricantes de grandes turbinas e geradores estão aguardando o desfecho da novela e se preparando para fornecer. Afinal, seriam vinte máquinas de 550 mil Kilowatts cada uma! Desde a usina de Três gargantas na China que nenhuma outra encomenda desse porte foi concretizada no mercado mundial. Isso de ser fabricada aqui por essas multinacionais (Alsthom, Brown Boveri-ASEA, Westinghouse, Andritz/GE, Siemens-Voith) ou lá fora por elas mesmas faz pouca diferença, dado que o pagamento das compras e os juros sairiam dos recursos públicos, das empresas estatais, do BNDES, dos fundos de pensão dos funcionários de estatais.

Otávio Ruivo: Olá! Aqui no RS estamos tendo uma situação inusitada, que jamais ocorrera antes. Sou de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, lugar que, apesar de La Niña, que significa seca por aqui, não para de chover há mais de um ano intermitentemente. Onde quero chegar é que no Rio Pelotas que faz a divisa do RS com SC estão sendo construídas diversas barragens, como por exemplo o grande erro de Barra Grande!
Professor Oswaldo Sevá: Otavio, de fato esse é dos grandes dramas nacionais, na atualidade. Não param de construir nem de anunciar tais obras, tanto as de porte médio como essas do rio Pelotas como as de grande porte, como no Xingu e no Tapajós, como as chamadas PCH. Não há grana para fazer tudo isso, nem haveria demanda de eletricidade para tudo isso. Volto a vincular o que está ocorrendo aqui com o capitalismo internacional e sua necessidade vital de vislumbrar novas fontes de grandes lucros para as proximas decadas. Se fizerem tudo isso, as futuras gerações é que arcarão com os riscos e os prejuizos decorrentes, e o sistema economico terá alguma sobrevida…

Lia Rangel: Como tem sido a ação da Eletronorte em Altamira?
Professor Oswaldo Sevá: Lia, a Eletronorte virou um sabujo, um fazedor de serviço sujo para as grandes empresas do setor; o governo decretou que ela será dona de quase 20% do capital do Belo Monte, mas ninguém sabe de onde vai vir esse recurso, pois a Eletronorte é uma empresa endividada, exaurida por causa dos contratos lesivos que foram empurrados desde a ditadura militar para favorecer a CVRD e seus tentáculos na região de Marabá, os sácios da Alumar em São Luís, os sócios da Albras em Barcarena, a Camago Corrêa com a sua fundição de ferroslicicio em Tucuruí e mais uns dois ou três grandes consumidores de eletricidade.
Cleiton sp: Mas se pelo menos fossem fabricadas aqui haveria trabalho.
Professor Oswaldo Sevá: Cleiton, se o problema de quem decide essas coisas fosse criar empregos, era melhor que realmente fizessem a reforma agrária, que ampliassem o crédito e assistência ao agricultor familiar, aos pescadores artesanais, aos artesãos, aos pequenos empresários, às cooperativas de catadores e recicladores de lixo, etc, etc… Haveria muito mais emprego por cada real investido!
Otávio Ruivo: o Rio Pelotas chega no Uruguai, que também está com várias hidrelétricas, algumas já prontas, outras sendo construídas. Acontece que o Rio Uruguai, apesar de toda água que o Rio Pelotas leva, já que tem chovido muito (!), inacreditavelmente o Rio Uruguai está abaixo do seu nível normal. Tudo bem, temos tido um menor volume de chuvas na região, mas esse conjunto de barragens afetou o processo natural das águas. O problema é desconhecido por aqui. São situações que nunca tínhamos vivido antes. É tão novo quanto essas barragens! Além disso, tudo aquilo que era ambiente de água rápida, virou ambiente de água lenta, exigindo a troca da biota.
Otávio Ruivo: Explicitando: eu quis dizer que são duas regiões: a Serra Gaúcha, onde tem chovido bastante, e a região do Rio Uruguai, que recebe as águas do Rio Pelotas, que vai da Serra Gaúcha.
Otávio Ruivo: Professor, 1) o senhor não acredita que o sistema está muito bem montado e preparado (políticos, mídia, capital, etc.) para que seja realmente construída Belo Monte, assim como diversas outras obras de grande impacto? Nós daqui do Sul vimos isso na Usina de Barra Grande que inundou 5 mil ha. de floresta primária de Araucária! 2) Qual seria o meio mais efetivo para cancelarmos a construção de Belo Monte?
Professor Oswaldo Sevá: Como o sistema é capitalista e se baseia na iniciativa privada, se eles fossem empresarios e tivessem sido prejudicados por outros empresarios ou pelo estado, entraraim com ações na Justiça cobrando indenização por “lucros cessantes”. Como são pobres e não tem advogados, só seriam indenizados se gritarem muito e se partiram para ações mais diretas, que ponham o lado dominante em alerta, com medo…

Claudio Fonseca: O Movimento Xingu Vivo enviou delegação para participara da Conferência de Cancun? Se a proposta das delegações indígenas de criar um Tribunal de Justiça Climática for aprovada, poderíamos barrar estas construções nocivas à Humanidade deflagradas pelo PAC da Dilma Rousseff. Você é otimista quanto a esta proposta libertadora? É possível viabilizar a nível internacional?
Professor Oswaldo Sevá: Claudio, envie sua proposta para o Xingu Vivo, tudo bem… Mas vincular qualquer luta social, por direitos humanos e politicos, e contra a ditadura do capital – como é essa nossa luta no Xingu – a essa geleia geral de Clima não conta com a minha solidariedade. Os projetos de hidrelétrica ou de qualquer outra coisa de grande porte (papeleiras e eucaliptais, mineração, terminais de exportação, plataformas de petroleo…) continuarão a ser feitos e não há Cancun, nem Copenhague nem Kioto que os abale. Perdão, mas não me considero especialista nem Clima, apenas não sou obrigado a acreditar no Al Gore e nos principais poluidores que agora ganham dinheiros com os projetos de contabilidade de CO2. Vamos em frente!!!

Damares: Verdade professor por que a população não vai trabalhar lá na usina? Vem gente de outros estados. Eles só vão desmatar nossa floresta e desabitar 40 mil pessoas! Isso é cruel!! Com tudo, natureza e pessoas.
Professor Oswaldo Sevá: Damares, se tiver como saber o que vem acontecendo em Rondônia, perto de Porto Velho, Jaci Paranã, Mutum Parana, Abunã, com a construção das usinas Santo Antonio e Jirau… Vai esclarecer muito sobre o risco que corre a região de Altamira e todo o médio/baixo Xingu.

Montezuma cruz: Professor: recentemente conversei com oleiros, uma das vítimas da barragem projetada. Até que ponto é aceitável o componente social de uma obra no que diz respeito a indenizações. Tira-se a pessoa de onde ela sempe viveu, em nome do alto investimento energético. Que futuro é esse?
Professor Oswaldo Sevá: Montezuma, os oleiros, bem como os pescadores de cari, os catadores de castanhas, os areieros e até os garimpeiros ( que tambem agridem o rio…) teriam, se Belo Monte fosse feita, a interrupção do seu ganha-pão, da sua fonte de renda.

Altino Machado: Compareço para parabenizar o meu amigo guerreiro Oswaldo Sevá, a quem manifesto sinceros votos de saúde e paz. Você se arrepende de algo que fez ou deixou de fazer contra hidrelétrica de Belo Monte?
Professor Oswaldo Sevá: Altino meu irmão, espero que você esteja com a saúde boa e a cabeça sempre lúcida. Se me arrependo do que fiz, de modo algum: ajudei desde o início, contamos com a valentia de um religioso padre Angelo Panza que obteve os primeiros mapas da Eletronorte em 1987/88, de um colega que trabalhava no CNEC e extravazou documentos de engenharia, fizemos o primeiro livro editado pela Comissão pro Índio de SP, e… Quando o projeto ressuscitou na reeleição do FHC, recomeçamos a acompanhar; começamos a bater nos traidores petistas que eram contra o projeto e depois de 2003 ficaram contra a gente, fizemos o segundo livro, enfim… Não há do que se arrepender. Do que não pude fazer, sim, claro, não pude ir aquele 1o encontro dos Povos indigenas em Altamira, não tive o prazer de ver pessoalmente a Tu Ira esfregar o terçado na bochecha do Muniz Lopes. Em 2008, não gostei de ver a covardia dos Kaiapó contra o engenheiro Rezende, mas tinha certeza que ele iria apanhar, pois chegou lá para a guerra sem saber direito como eram os inimigos dele. Também sei que lutar contra o Belo Monte não é a minha “Jihad”, pois participo de outras guerras santas, ainda bem!!!

Sandra Machado:
Professor,trabalhei por 9 anos no Projeto Kayapó como assistente de pesquisa de campo do Dr. Darrell Posey e estive pessoalmente envolvida na produçaodo I Encontro do Povos Indígenas no Xingu. Naquela ocasião conseguimos barrar o projeto porque a verba vinha principalmente do Banco Muncial, que conseguimos convecer (por pressão junto à mídia) a não finaciar a barragem. Desta vez a verba vem BNDES, o senhor acredita que há como impedir que esse dinheiro seja destinado a um projeto cujos estudos ambientais sejam absolutamente incipientes? Não vejo a preocupação deste assim como do próximo governo com as questões ambientais e sociais envolvidas.
Professor Oswaldo Sevá: Sandra, o fato de a grana estar prevista para ser bancada pelo BNDES é um espinho para todos nós, até porque a dona Dilma já sinalizou que permanece o Luciano Coutinho à frente, e ele é totalmente insensível a qualquer consideração que não venha de empresários ou de políticos a eles ligados. Tem que bater, tem que estrilar, tem que colocar o BNDES na berlinda, tem que interpelar publicamente o Luciano, como vem tentando com muita dificuldade um embrião de movimento que começou há uns anos no IBASE (Plataforma BNDES)…

Telma Monteiro: Sevá, li o Rima da UHE Fóz do Apiacás no rio Apiacás, maior afluente do Teles Pires, que a energia gerada será toda usada para abastecer Alta Floresta. Quase tive um ataque, pois sabemos que na verdade toda a energia vai para o Sintema Interligado Nacional (SIN). Você poderia comentar isso?
Professor Oswaldo Sevá: Oi Telma, grato pela audiência. Essa alegação de que a energia elétrica de uma usina anunciada numa certa localidade vai para abastecer aquela localidade, raramente é verdadeira. A manipulação é politica e visa angariar adesões locais ao projeto e aos empresários, indiretamente ao próprio Estado que chega anunciando a obra e os seus benefícios. Objetivamente Alta Floresta é “ponta de linha do sistema interligado nacional”, é abastecida por um ramal que sai de Cuiabá acompanhando a BR 163 e talvez tenha problemas de estabilidade da eletricidade e quando o sistema desarma pode ficar mais tempo sem energia. Uma grande usina funcionando lá tornaria todo esse ramo mais confiavel, mas sugiro que isso seja perguntado ara pessoas que são grandes conhecedores do sistema interligado nacional. Para brincar um pouco, repito o que digo em sala de aula pros alunos que começam a estudar o sistema elétrico do país: a eletricidade não vai para onde alguem manda, ela vai para onde é exigida, os eletrons não saem percorrendo a linha nesse ou naquele sentido; a linha fica energizada, vibrando em 60 hertz e com uma certa carga que cabe naqueles cabos, quem puxar mais na sua tomada, leva!!! Um abraço.

Igor Martins: Professor o que o Sr. acha que os estudos técnicos levantados referentes a Flora e Fauna são suficientes para a análise do grau de impacto que ocorrerá nas áreas de alagamento da usina hidrelétrica?
Professor Oswaldo Sevá: Igor, não sou biólogo, nem botânico nem zoólogo, nem li todo o EIA, não tenho como responder. Sugiro que comece procurando o prof. Hermes, na UFPA, campus de Altamira, e que leia o “Painel de Especialistas” que está em link aqui nesse site. (http://migre.me/2EJDH)

Sandra Machado: Lutar contra o belo Monte é a minha “Jihad”.
Professor Oswaldo Sevá: Sandra, sua pergunta devia ter sido a primeira ,mas foi a última e repsonderei com toda a franqueza: ainda há possibilidade dessa obra não ser iniciada, dela ser politicamente ou juridicamente derrotada. Tanto pelos defeitos e fraquezas da obra em si, como pelo mau caratismo de seus principais apoiadores, como pela persistencia de alguns dos seus grandes criticos-opositores, o bispo dom Erwin, a guerreira dona Antonia Melo, o incansavel Tarcisio de Altamira, os meus amigos e colegas Celio Bermann, Sonia Magalhaes, Phillip feranside, Francisco del Moral e varios outros; e pela dedicação missionaria e eficaz de meu amigo Glenn Switkes que foi levado por um cancer fulminante no meio da luta há quase um ano atrás. Como diziam quando eu era um jovem reclamando e resistindo à ditadura: a luta continua!

Bete Vieira: Em SC se ouve falar muito pouco da Belo Monte, mas acabamos de sair de uma guerra contra o Estaleiro da EBX. Estou aqui para aprender mais 🙂
Bete Vieira: Como disse, em SC ouve-se muito pouco sobre a BM, então faço uma pergunta que pode parecer infantil, mas o sr acredita que há a possibilidade de barrar esta construção? Podemos ter fé nisso? O que podemos fazer assim de tão longe?
Lia Rangel: Oi Bete, ampliar o fluxo de informação sobre Belo Monte… detalhar e disseminar muitas das colocações feitas pelo professor Seva.

Valéria sp: Além da petição do site não haveria outras ações a tomar, aqui em São Paulo por exemplo?
Lia Rangel: Oi Valéria, acho um ótimo ponto a ser levantado. Professor, voce que está anos nesta luta, não há interlocutores políticos, além do MP, possíveis para defender esta causa no congresso ninguém se coloca, se posiciona contra todos estes equivocos colocados pelo professor.
Valéria sp: Acho que falta informação às pessoas, fora net, por exemplo, uma discussão na ALESP, algo assim
Professor Oswaldo Sevá: Para quem se propõe a ampliar os apoios, lembrei de dois deputados federais muito bem votados: o Chico Alencar no RJ e o Ivan Valente em SP. Deve haver outros, mas se esses toparem ajudar, teremos ótimos companheiros na próxima etapa. Obrigado a todos, desculpem se deixei algo sem resposta.

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